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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

O ressurgimento dos telefones antigos e simples


Em plena era dos smartphones, por que a venda de dispositivos similares aos que se usavam no fim da década de 90 está aumentando? Os smartphones têm tantas funções que muita gente nem imagina como seria voltar a viver sem eles. Apesar disso, um fenômeno curioso vem acontecendo ao redor do mundo. Especialistas afirmam que as vendas globais de "telefones burros”, também conhecidos como “tijolões” podem ter atingido um bilhão de unidades em 2020, frente a 400 milhões em 2019. Mas o que está por trás da volta desses aparelhos? Segundo o psicólogo Przemek Olenjniczak, esse tipo de tecnologia não se compara com os smartphones em termos de funcionalidades, mas oferece benefícios importantes. Entre eles, estão as baterias mais duráveis, a longevidade dos aparelhos e, sobretudo, a “desintoxicação virtual". Diferentemente dos celulares atuais, esses dispositivos não se conectam a redes sociais, provedores de e-mail, nem a nada que gere ansiedade ao usuário. Além disso, outros fatores também contribuem para a volta dos "tijolões". "Parece que a moda, a nostalgia e sua aparição nos vídeos do TikTok têm um papel importante no ressurgimento dos telefones burros", disse Ernest Doku, especialista em dispositivos móveis, em entrevista à BBC. Segundo um estudo realizado pela empresa de software SEMrush, as buscas no Google para esses aparelhos aumentaram 89% entre 2018 e 2021. Como nem todos estão dispostos a abrir mão de todas as funcionalidades dos smartphones, já existem empresas apostando na criação de uma nova geração de telefones um pouco menos burros. Esses aparelhos oferecem ao menos algumas características dos telefones modernos. Assim, companhias como a Light Phone, de Nova York, criaram dispositivos mais simples, mas que ao mesmo tempo permitem aos usuários escutar músicas e podcasts e conectar-se por Bluetooth aos fones de ouvido.

FONTE: HISTORY

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Sobrevivente relata terror vivido em campo de concentração na China


Uma mulher da etnia uigur relatou, em lágrimas, as barbáries que sofreu num campo de concentração na China durante a Cúpula Internacional de Liberdade Religiosa, nesta quarta-feira (14), em Washington, nos Estados Unidos. Tursunay Ziyawudun foi uma das várias sobreviventes da perseguição religiosa a compartilhar sua história de terror no evento. A mulher uigur foi submetida a um tratamento cruel pelo Governo Comunista Chinês, que tem detido a minoria étnica uigur em campos de concentração com o objetivo de aniquilar sua identidade cultural e doutriná-los com a ideologia do Estado. Fui trancada em campos duas vezes. A segunda vez foi ainda mais desumana do que a primeira, e minhas experiências nesses campos chineses deixaram cicatrizes impagáveis em meu coração, disse a sobrevivente. Fui levada para um acampamento pela segunda vez em março de 2018 e fiquei lá por cerca de um ano. Havia muitos prédios novos no campo, que pareciam uma prisão, e muitas câmeras e pessoas dentro. Sempre podíamos ver policiais armados. Às vezes, eles nos mostravam filmes de propaganda, às vezes nos ensinavam a lei chinesa, às vezes nos ensinavam canções vermelhas chinesas e às vezes nos faziam jurar lealdade ao Partido Comunista Chinês, relatou. Segundo Ziyawudun, o ambiente nos campos de concentração era de muito pavor. No campo, sempre vivíamos com medo. Passamos os dias com medo, ouvindo os sons de vozes gritando e chorando, imaginando se o que estava acontecendo com elas aconteceria conosco também, contou. Nos campos de concentração, havia estupros sistemáticos cometidos pelos guardas contra as mulheres uigur detidas. Certa vez, eles me levaram para passear com uma jovem de 20 anos. Ao lado dos policiais do campo, havia um homem de terno, usando uma máscara sobre a boca. Não consigo nem lembrar que hora da noite era. Eles estupraram a jovem. Três policiais também me estupraram, denunciou Ziyawudun. De acordo com a sobrevivente, os estupros eram frequentes, como parte de uma rotina. Eles estavam sempre tirando as meninas das celas assim. Eles fizeram o que quiseram. Às vezes, eles traziam algumas das mulheres de volta perto da morte. Algumas das mulheres desapareceram. Eu vi algumas delas sangrando até a morte com meus próprios olhos. Outras mulheres perderam a cabeça no campo de concentração, afirmou. Com a ajuda do governo americano e do Uyghur Human Rights Project, Ziyawudun se refugiou nos Estados Unidos. A mulher disse que embora meu corpo físico esteja livre e minha voz também, ela está sofrendo profundamente como pesadelos do tempo que passou nos campos de concentração na China. Mas, apesar das memórias perturbadoras que ainda a assombram, ela declarou que sente que precisa testemunhar tudo o que passou: Tenho que falar, porque as coisas que vivi nos campos estão acontecendo com meus colegas uigures. Milhões de uigures estão sofrendo e estão vivos apenas porque têm a esperança e a crença de que existe justiça neste mundo. Como um sobrevivente, não vou parar nem por um minuto de ser uma voz para todas as pessoas que não sobreviveram e para as pessoas no Turquestão Oriental que estão presas em uma paisagem infernal, colocando sua esperança no mundo exterior, acrescentou. Ao final de seu discurso na Cúpula Internacional de Liberdade Religiosa, Ziyawudun implorou para que salvassem seu povo da terrível opressão. Espero que vocês possam fazer algo para garantir a liberdade deles. Durante o evento pela liberdade religiosa, Samantha Power, administradora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, também denunciou que a China tem realizado cirurgias forçadas de esterilização em mulheres uigures nos campos de concentração. Conforme a Cúpula Internacional de Liberdade Religiosa, cerca de 1 a 3 milhões de uigures e outros turcos muçulmanos estão detidos em campos de concentração na China, sujeitos a trabalhos forçados e a esterilização forçada. Samantha Power também explicou que mesmos os uigures que não são enviados a campos de concentração, enfrentam vigilância extrema do governo chinês. Durante o painel Grande vigilância e a ascensão da tecnologia na perseguição, o advogado uigur-americano Nury Turkel mostrou como a tecnologia tem sido usada pelo Partido Comunista Chinês para perseguir o povo uigur. Autoridades chinesas, auxiliadas por tecnologia sofisticada, impõe um controle de ferro sobre todos os aspectos da vida. Usando câmeras de vídeo, equipadas com software de reconhecimento facial, afirmou Nury. Os uigures devem ter seus cartões de identificação digitalizados em checkpoints onipresentes para ter acesso a parques, bancos, shoppings e lojas. Esses scanners estão ligados a uma tecnologia de policiamento mais ampla. Se um indivíduo for identificado como de risco, a entrada será negada, continuou. O advogado também afirmou também que uma tecnologia de policiamento mais ampla está sendo usada nos uigures, incluindo códigos QR postados fora de das casas de uigures para saber quem mora lá e se eles são confiáveis, bem como celulares equipados com spyware obrigatório que registra toda a atividade online dos uiguresNury Turkel relatou que alguns uigures já foram detidos por causa de mensagens privadas, que o governo chinês espionou. Os uigures não podem fazer nada para escapar do olhar vigilante do governo chinês, lamentou Nury.

FONTE: GUIAME.COM.BR
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